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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Psicose infantil, UM ALERTA!


Josiane Odila Dos Santos/psicoterapeuta compartilhou uma publicação.
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PSICOSE INFANTIL
A psicose coloca a criança fora do universo da linguagem e, portanto impossibilitada de conseguir um lugar no mundo como ser falante, há muita dificuldade na aprendizagem da leitura e a escrita é algo sem sentido, as letras são escritas sem nenhuma relação entre elas.Precisa de cuidado especial para aprender e é possível.
"A doença da criança", então, é entendida como "o lugar mesmo da angústia materna", e no que se refere à eclosão da psicose, o valor atribuído pela mãe à doença de seu filho constitui um modo particular de relação onde a função paterna não tem lugar.
A psicose refere-se à falha da função paterna.
As elaborações freudianas acerca da vivência da satisfação, situam a organização das atividades de pensamento que vão armando para o sujeito as bases do desenvolvimento cognitivo. Logo, entende-se que a criança psicótica tem condições de aprendizagem. Porém, o modo como essa aprendizagem vai se desenvolver depende da relação estabelecida com o Outro primordial. É do descolamento dessa relação, do objeto primordial, que se derivará o interesse pelos objetos da realidade. Não havendo esse desprendimento, que é o caso da psicose, a curiosidade primordial fica comprometida, trazendo prejuízos na aquisição do conhecimento.
As condições de aprendizagem dessas crianças são muito limitadas em razão de não haver curiosidade o suficiente para que elas possam produzir um exercício de pesquisa, ou seja, há pouca elasticidade simbólica. O que não quer dizer que elas não tenham conhecimento ou inteligência, mas a aprendizagem não será possível se esta curiosidade primeira não estiver constituída.
Nos casos de psicose é necessário que a escola pense de forma terapêutica. Independente da modalidade que se estabeleça, regular ou especial, a escola tem para criança psicótica um valor terapêutico na medida em que contribui para a reordenação da estrutura perdida do sujeito. Enquanto lugar que permite um reconhecimento social, produz, também, efeitos na subjetividade.
Porém, considerando a realidade das escolas públicas brasileiras e a morosidade dos sistemas burocráticos com relação aos trabalhos desenvolvidos nos setores públicos de saúde e educação em pequenos municípios, quais as reais possibilidades dessa educação terapêutica ou das especializadas?
Não havendo condições de oferecer essa educação terapêutica em um município pequeno e com tão poucos recursos resta-nos a possibilidade da interdisciplinariedade de uma proposta educativa, onde todos compartilhem da mesma referência teórica. Uma articulação interdisciplinar que contemple a ação conjunta dos profissionais que dispomos e que se dispõe a realizar esse entrelaçamento de saúde e educação.
Drajosiane Odila

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